Aqui está uma receita simples para preparar um clássico martini:
Ingredientes
60 ml de gin ou vodka
10 ml de vermute seco
Gelo
Azeitona ou casca de limão para decorar
Instruções
- Comece separando todos os ingredientes e acessórios necessários. Tenha uma coqueteleira ou um copo de mistura, uma colher de bar, e uma peneira à mão.
- Coloque gelo na taça de martini para resfriá-la enquanto você prepara a bebida.
- Encha a coqueteleira ou o copo de mistura com gelo. Adicione 60 ml de gin ou vodka e 10 ml de vermute seco.
- Mexa os ingredientes por cerca de 30 segundos com uma colher de bar. Se preferir um martini mais aerado, você pode optar por agitar a mistura em uma coqueteleira.
- Descarte o gelo da taça de martini e coe a mistura diretamente na taça.
- Finalize com uma azeitona espetada em um palito ou com uma casca de limão torcida sobre a bebida para liberar os óleos essenciais.
Dicas:
- Proporções: Ajuste as proporções de gin/vodka e vermute de acordo com sua preferência. Um martini mais seco tem menos vermute.
- Vermute: Experimente diferentes marcas de vermute seco para encontrar o que melhor complementa o seu gin ou vodka favorito.
- Resfriamento: Manter todos os ingredientes bem gelados, incluindo a taça, garante que seu martini fique perfeito.
Desfrute do seu martini clássico!
Conheça um pouco da história desse coquetel:
O Martini é mais do que apenas uma bebida; é um símbolo de sofisticação e elegância que transcendeu gerações. Esta mistura icônica, feita geralmente com gin e vermute, ganhou fama e prestígio ao longo das décadas, tornando-se um elemento central em coquetéis e cultura popular. Mas qual é a verdadeira história por trás deste lendário coquetel?
As origens do Martini são envoltas em mistério e debates acalorados entre os entusiastas. Há várias teorias sobre seu surgimento, cada uma com sua própria dose de credibilidade. Uma das histórias mais aceitas é que ele evoluiu do “Martinez”, um coquetel que se acredita ter sido criado na década de 1860 por um barman chamado Jerry Thomas no Occidental Hotel, em São Francisco. Segundo essa teoria, Thomas preparou a bebida para um minerador que estava a caminho da cidade de Martinez, na Califórnia. Essa versão do coquetel era composta por gin, vermute doce, licor Maraschino e bitters de laranja, sendo uma bebida bem diferente do Martini seco que conhecemos hoje.
Outra teoria sugere que ele foi inventado no Knickerbocker Hotel em Nova York, por volta de 1911, por um barman chamado Martini di Arma di Taggia. Ele teria misturado gin, vermute seco e bitters de laranja, criando uma versão mais próxima da receita moderna. Essa história enfatiza a conexão europeia do Martini, considerando que o vermute era uma importação popular da Itália e da França.
A popularidade da bebida cresceu significativamente durante a década de 1920, especialmente durante a Proibição nos Estados Unidos. A proibição do álcool gerou um aumento no consumo de gin, pois era mais fácil de ser produzido ilegalmente. Muitos bares clandestinos, conhecidos como speakeasies, serviam gin caseiro, e o Martini rapidamente se tornou um dos coquetéis preferidos.
A partir da década de 1930, o coquetel começou a se transformar. Com a qualidade do gin melhorando, a proporção de vermute diminuiu, resultando no Martini seco que hoje é padrão. A famosa frase “Shaken, not stirred” (batido, não mexido), associada ao agente secreto James Bond, trouxe ainda mais glamour e notoriedade a bebida na década de 1960. Apesar de a receita tradicional exigir que o coquetel fosse mexido, a preferência de Bond por um Martini batido se tornou icônica e adicionou uma nova dimensão ao coquetel.
O Martini ganhou uma presença robusta na cultura popular, especialmente no cinema e na literatura. Além de James Bond, a bebida foi imortalizada por inúmeras estrelas de Hollywood e escritores renomados. Personagens como Nick e Nora Charles em “The Thin Man” e a socialite Holly Golightly em “Breakfast at Tiffany’s” frequentemente apreciavam um Martini. Sua imagem está intimamente ligada à ideia de glamour, luxo e um toque de rebeldia.
O coquetel também influenciou a literatura e a música. Escritores como Ernest Hemingway e Dorothy Parker eram conhecidos por seu amor pela bebida, frequentemente mencionando a bebida em seus trabalhos. A frase de Parker, “I like to have a Martini, two at the very most. After three I’m under the table, after four I’m under the host,” encapsula o humor e o charme associados ao Martini.
Apesar de o clássico Martini ser feito com gin e vermute seco, a criatividade dos barmen ao longo dos anos deu origem a várias variações da bebida. O Vodka Martini, popularizado por James Bond, substitui o gin por vodka. O Dirty Martini inclui uma pequena quantidade de salmoura de azeitona, conferindo um sabor salgado. Outras variações incluem o Gibson, que usa uma cebola em conserva em vez de uma azeitona, e o Vesper, outra invenção de Bond, que mistura gin, vodka e Kina Lillet.
Essas variações mostram como ele pode ser adaptado ao gosto individual, mantendo sua essência básica. Cada nova versão adiciona uma camada de complexidade e permite que a bebida se mantenha relevante e emocionante em um mundo de coquetéis em constante mudança.
Além disso, a bebida é um testemunho de como algo simples pode se tornar extraordinário. É a prova de que a combinação certa de ingredientes, um pouco de criatividade e uma boa dose de estilo podem criar algo verdadeiramente icônico. E, talvez, essa seja a maior lição que o drink nos ensina: a beleza está na simplicidade, na elegância e na capacidade de se reinventar continuamente.
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